sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Recortes de papel de seda


 
 

Pelo tapete,
Pedaços de lembranças.
Sonhos de papel de seda.
Num dia de verão,
Céu azul, sol, vento,
Visitaram o céu
Em forma de pandorga
E ouviram o canto afinado dos anjos.
Em outro dia, de inverno,
Geada caindo,
Fogueira acesa na rua,
Enfeitaram a dança da menina bonita
Na noite de São João.
Emocionada, juntei-os um a um
E guardei-os outra vez na gaveta
De onde não deveriam ter saído.
São sonhos,
Precisam ficar
Sempre abrigados
Na suíte do coração.
 

 
Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

Um comentário:

Jorge Sader Filho disse...

Os bons e grandes sonhos têm mesmo que morarem no coração da gente!
Abraço.
Jorge