sexta-feira, 28 de março de 2014

Que saudade da paz!








Tenho saudade da paz
Da paz das manhãs serenas e translúcidas,
Quando me acordava o sol.
Da paz das tardes festivas,
Crivadas de sonhos sem nexo, mas líricos
Como o canto das cigarras.
Da paz do sótão dos livros
Cujas personagens saltavam das páginas,
Nossas histórias tramadas.
Da paz do ocaso silente,
Horizonte tinto de laranja lânguido
Na hora da Ave-Maria.
Da paz da lareira acesa,
Fogo crepitante na madeira púrpura,
Calor que me enternecia.
Da paz das noites prateadas,
Bordadas de estrelas em formação mítica,
Consolo para minh´alma.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google

Teoria:









Um comentário:

Jorge Sader Filho disse...

Paz que infelizmente só existe no coração dos poetas, amiga Mardilê.

Meu abraço.
Jorge