sexta-feira, 25 de julho de 2014

Envelheci?


Meu corpo não acompanha a mente ágil.
Vai mais devagar. Está lerdo, frágil.
O tempo pesa. Os ombros doem.
A vista cansou. Os dentes não moem.
O pensamento teima em ficar no passado,
Busca um tempo pelo presente olvidado.
Acha fantasmas. Revive momentos.
Move o coração outros sentimentos.
Pertenço a um mundo de irial cristal.
Para trás deixei o convencional.
Conduz-me a senda da sabedoria.
Venço as barreiras da dicotomia.
A vivência mudou-me o interior,
Absorvo apenas o bem do exterior.
Com o sofrimento, descobri a
E aprendi a confiar em Javé.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google

Um comentário:

Jorge Sader Filho disse...

A passagem inevitável do tempo, na visão poética da experimentada amiga Mardilê.
Abraço