sexta-feira, 17 de abril de 2015

Vida poeta



A minh´alma, coitada! Entrou em coma,
Viaja pelo mundo com o olhar.
Nem mais da rosa sente o aroma.
Sensível, eu fraquejo. Poetar?
Como? Se o verso fácil não assoma?

A rima foge, evola-se pelo ar.
Para mim só no ritmo o sintoma.
Resta intacto, eficaz pra devanear
Um poeta que, lento, a luz retoma.

Na imaginação, o eco do amor brama
E impulsiona do mundo a voz do drama
Pela rua sombria da memória.

Entrega à terra o mais apaixonado
E findável presente, emocionante!

Sua vida. Ilusória? Provisória?


Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google

Teoria Quindeto

http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2015/01/quindeto.html

4 comentários:

Anônimo disse...

Belíssimo poema. Parabéns e bom fim de semana. Abraços, Ilda

Anônimo disse...

Lindo, como sempre ,!!
Bjs
Renate

Jorge Sader Filho disse...

Muito inventivo e bem-humorado o seu poema, Mardilê.
Abraço.
Jorge

Anônimo disse...

Mardilê

Lindo poema. Tocou fundo. Bj Edi