sexta-feira, 12 de junho de 2015

Hoje


Hoje as estrelas decidiram
Aparecer mais tarde.
Não se importaram
Com os devaneios imprudentes
Do nômade poeta
Em busca das parlendas
De luas costuradas nas emoções
E flores de ilusão
Para presentear a amada.
Hoje curaram os estigmas
De mitos embutidos
Nas linhas de dilemas
Com sabor do fascínio da imaginação.
Hoje a ausência balança
Entre o céu e o arco-íris,
Vence caminhos sombrios
E atinge cenários imagéticos.
Hoje a sensibilidade cala o pensamento,
E a alegria dança
No salão da morte
Conduzida galantemente
Pela luz do ideal de liberdade.
Hoje o olhar desenha
O horizonte vestido de crepúsculo silencioso
Enquanto a noite desce
Escondida pelos reflexos dourados
Da escuridão fictícia.


Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

4 comentários:

Unknown disse...

Profundo... complexo... belo!!

Unknown disse...

Profundo... complexo... belo!!

Anônimo disse...

Li e reli...gostei da forma como conferiste cor e luz aos fenômenos naturais...senti este hoje ligado a algo que já aconteceu...tem beleza e melancolia bem equilibradas na minha opinião.

Abraços,

Eloísa

Jorge Sader Filho disse...

Hoje é tudo festa!
Abraço,
Jorge