sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Sou o que sinto


Foto: Celso Ferruda
Raios de sol refletem hoje em mim
A cantiga do dia que amanhece
E o perfume das flores do jardim.
O meu coração tudo paga em prece.

As horas passam lentas, indolentes,
A nostalgia disso usa e se hospeda.
Perseveram lembranças incoerentes,
E o passado ao presente se enreda.

Dispo-me das mazelas e dor, então,
Nos primeiros momentos bons do dia
E perco-me entre o senso e a emoção,
Caminho na manhã que se inicia.

Entretanto, ao cair da tarde, volta
A tranquilidade antes conhecida.
Os rumores da noite são escolta
Para meus sentimentos da alma em vida.

Mardilê Friedrich Fabre


3 comentários:

Jorge Sader Filho disse...

Interessante! Li corrido, como se fosse prosa. Está excelente, Mardilê.

Anônimo disse...

E a vida segue, feito cantiga de roda, embalada pelas tuas lindas poesias... Parabéns!
(Lina Piloneto)

Marcela disse...

Mardilê, só hoje consegui passar por aqui e que surpresa linda! Ler sua divina poesia! Parabéns!Bjs :-)