sexta-feira, 6 de junho de 2014

Minhas rosas




Entristeceram minhas rosas.
Nãomais teu sol no jardim,
Apenas lembranças nebulosas
Da melodia de um clarim,
Das borboletas melindrosas
Pousadas sobre o alecrim. 

Ninguém mais as acaricia
Com um sorriso deslumbrante.
Suspiros de melancolia
Saltam dos peitos lamuriantes
E tramam-se na poesia
Que se eterniza dardejante. 

Debruçam-se cinza os momentos.
A tarde esvai-se com um ai.
Das rosas ouvem-se lamentos
Por cada pétala que cai,
E a noite encerra alongamentos
Do infortúnio que em mim recai.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google


3 comentários:

Anônimo disse...

Achei o canteiro de rosas perfumadas, amiga.

Lóla

W. F. Aquino disse...

Belíssima poesia, amiga. Frequentemente tenho acessado as páginas de Teoria Literária, de onde tiro minhas dúvidas. Abraços.

Jorge Sader Filho disse...

As pétalas de rosa que Mardilê coloca nos seus versos abrandam a dura prosa dos jornais.
Os artistas enfeitam a Vida.
Obrigado, poeta!