sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Banho Místico



E o sonho cobriu
O leito do rio de rosas
De todas as cores.
O perfume jorrou
Em cascatas de magia.
O vento propagou-o
Até o mar,
Onde te banhavas,
Vaporosa sereia,
Vívida poesia,
Que atiça paixões irreversíveis.
Solfeja tua canção,
Paralisa corações sôfregos,
Safa-te para teu esconderijo
Do nada onde mistérios
Guardam-te distante
Dos olhares de cobiça.
Banha-te nas pétalas místicas
Que te conduzem
Para a essência do existencial.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

3 comentários:

Jorge Sader Filho disse...

Sereias... Elas existem no imaginário de cada um, Mardilê.
Abraço.

Anônimo disse...

Mardilê, querida, eu simplesmente adorei esta sua personificação da poesia.
Me vejo surpreendida : eu nunca tinha pensado nisso.
Você explorou mt bem toda a sensualidade que pode estar contida na figura de uma mulher. Você uniu o real ao imaginário e transportou a poesia para um mundo de sonho e de magia. Um lindo lugar, talvez único, onde a poesia se enfeita, se perfuma e se banha, sob o olhar de tão somente alguém sensível e, assim, capaz de decifrá-la e de traduzi-la.
Sei que pode não ser nada disso que vc quis dizer com a sua poesia, mas isso não tem importância. Afinal, uma poesia é para ser sentida, não é mesmo?
Obrigada pela leitura que vc me proporciona.
Bjinhos.
Irany

Anônimo disse...

Parabéns, Mardilê, Banho Místico é uma beleza de poema!
Abraços, Carlos Lúcio.
www.carlosluciogontijo.jor.br